PARABÉNS IGARAPÉ MIRI - 168 ANOS

Homenagem do JORNAL SEMENTES

Igarapé Miri, Cidade tão meiga,
seara divina entre os igarapés,
que embora formosos, têm formas discretas
e encantam poetas por suas marés...

Igarapé Miri, às margens do rio,
Que a banda persiste... entoando cantigas...
que levam nas águas os risos e as penas
das almas serenas das ruas antigas...

Igarapé Miri das altas palmeiras,
que no passado embalava os sonhos com brilhos.
Do manto estrelado a adornar sua história,
louvada a memória na voz de seus filhos...

Igarapé Miri das praias e furos
que enfeitam as vidas de quem mora nas beiras.
Terra em que a crença é uma força que existe
e a todos assiste da mesma maneira...

Igarapé Miri, em que o peso dos tempos
gradativa transforma nossa economia,
Cana de Açúcar, palmito e Açaí,
e que são versos cantados como alegoria...

Igarapé Miri - cenário de artistas,
de exímios plantadores, de amigos da gente.
Cidade em que a sua maioria
São josés e marias ou então são parentes...

Igarapé Miri... Cidade encantada
aurora bordada no céu paraense.
E ainda que ausentes... seus filhos felizes
mantêm as raízes do chão miriense...

Igarapé miri de mil fantasias,
mas veste em seus dias a fala caboclo.
Cidade das ruas de histórias e memórias
que traz do passado as lembranças de poucos...

Igarapé Miri que tem Landi
traçando a fachada da Igreja Matriz.
Cidade em que o povo não foge à batalha,
que luta... trabalha... e cumpre o que diz...

Sou eu, miriense, enversado o meu tema,
que exponho o poema e revelo o meu rosto.
Igarapé Miri, são tantas saudosidades,
que nas “Brevidades” eu sinto o seu gosto!

                                  Jorginho – poeta miriense