Grávidas deverão ser vacinadas no Pará


Mais de 137 mil gestantes deverão ser vacinadas contra coqueluche no Pará. O Ministério da Saúde quer reduzir a incidência e mortalidade causada pela doença entre os recém-nascidos. Nos últimos anos pelo menos três pacientes foram a óbito por causa da doença. No Pará foram registrados 162 casos da doença e três mortes, entre 2011 e 2013.

A recomendação do Ministério da Saúde é para aplicação da dose entre as 27ª e a 36ª semanas de gestação – período que gera maior proteção para a criança, com efetividade estimada em 91%. Entretanto, a dose também pode ser administrada até, no máximo, 20 dias antes da data provável do parto. Esta é a quarta vacina para gestantes no calendário nacional.

Cerca de 44 mil doses da vacina foram repassadas para a Secretaria de Saúde do Estado do Pará. O público-alvo para imunização no estado contra a coqueluche é composto por 137,7 mil gestantes e mais de 2 mil trabalhadores de saúde. A partir deste mês o Ministério da Saúde passará a enviar cota mensal com 14,2 mil unidades da vacina. Em todo o país, a estimativa é imunizar mais de 2,9 milhões de gestantes e 324 mil profissionais da área de saúde.

Ao anunciar ontem, 17, a nova incorporação no SUS, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, ressaltou a importância da vacina para a proteção à saúde da população, especialmente das gestantes. “Hoje, a coqueluche é um problema de saúde pública no mundo, devido ao seu aumento de casos nos últimos anos. Diante deste cenário, o Brasil busca uma pronta resposta para o combate à doença com a introdução da dTpa”, afirmou o ministro.

Segundo ele, o Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde tem trabalhado para disponibilizar no SUS vacinas que tenham eficácia, segurança e apresentem custo efetivo.

A coqueluche é uma doença infecciosa aguda de alta transmissibilidade, causada pela bactéria Bordetella pertussis. As principais complicações secundárias são a pneumonia, otite média, ativação de tuberculose latente, enfisema pneumotórax, entre outras.

O número de casos da doença reduziu de 40 mil notificações nos anos 80, em média, para cerca de 1.500 casos na década de 2000. No entanto, a partir de 2011, houve aumento nos casos da doença em todo o mundo, sobretudo em crianças menores de três meses, por não terem ainda recebido o esquema completo da vacinação contra a doença.

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem