Gasolina continua em falta

















A falta de gasolina comum nos postos de combustíveis na manhã de ontem continuou em alguns postos de Belém. Enquanto alguns estavam com falta, em outros postos no município de Ananindeua havia gasolina e a um preço mais barato que nas principais ruas da capital. A falta de combustíveis não se refletiu nos preços que continuaram os mesmos, porém a falta do tipo comum levou muitos motoristas a abastecerem com as gasolinas aditivadas e com etanol. Os preços variavam entre R$ 3,68 (comum) até R$ 5 (aditivada). Os melhores preços foram encontrados em Ananindeua. 
O frentista Alex da Silva, 26 anos, que há cinco trabalha em um posto da rodovia Mário Covas esquina com a avenida Três Corações em Ananindeua, nunca tinha vista acontecer falta de gasolina generalizada como ocorreu agora. “Se fosse só aqui poderia falar que era algo financeiro nesse posto, mas não é. É generalizado”, avaliou. Já manhã de ontem, o posto foi abastecido. “O combustível chegou hoje de manhã. Ontem muitas pessoas vinham atrás de gasolina e só tinha álcool. Disseram que o navio que não conseguiu chegar aqui”, informou. Segundo eles, muitas pessoas reclamaram no dia anterior da carência devido o posto ser o último antes da BR-316. Outros trabalhadores do posto já estavam se preparando para o pior. “Chegou o combustível, mas parece que vai faltar de novo”, imaginava Rodrigo da Silva.
O engenheiro civil Flávio Acatauassu, 53 anos, veio de Marabá para Belém e não percebeu carência porque abastece o veículo somente com gasolina aditivada. Ele reclamou do preço do litro que chega a R$4,70. “É preocupante, mas não acredito que vá faltar combustível. Não acredito que vão permitir isso. Aqui em Belém também não será problema, o combustível vem de navio. O problema vai ser para as estradas do interior do Estado”, falou.
Em outro posto da avenida Duque de Caxias, em Belém, os frentistas avisavam vários carros que faziam fila para abastecer que não tinha gasolina comum, somente aditivada e etanol. “Hoje de manhã eu passei por um posto e não abasteci. Agora eu vim e disseram que não tem”, relatou a universitária Josecleia Mendes, 31 anos. Ela até desconfiou se a ausência do produto não era uma artimanha dos postos para vender gasolina mais cara. Josecleia resolveu abastecer com etanol. “Não tem com que andar, então coloco etanol. Eu prefiro gasolina”, disse. 
A falta de gasolina é um reflexo do protesto nacional de caminhoneiros, que ocorre em vários estados do Brasil, e dos petroleiros em greve há 14 dias. Em todo país, segundo a Petrobrás, houve redução em mais de 700 mil barris de óleo por conta da mobilização dos petroleiros. Os risco de desabastecimento levou muitos motoristas para os postos, aumentando a procura. Desde do meio dessa semana muitos condutores de veículos enchiam o tanque para se precaver. No início da noite já havia corre-corre e aflição para abastecer o carro e a moto. Muitos postos de venda não tinham mais gasolina, porque muita gente deixou o local de trabalho e se dirigiu direto ao posto mais próximo para garantir logo a reposição de gasolina no tanque.

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