DONA ONETE RECEBE MEDALHA DA ORDEM AO MÉRITO EM BRASÍLIA



A imagem pode conter: 1 pessoa, no palco, tocando um instrumento musical e noite

Criadora do hit “No Meio do Pitiú”, um hino para os paraenses, Dona Onete foi agraciada, junto a outras 31 personalidades e instituições brasileiras, com a medalha da Ordem do Mérito Cultural (OMC), maior honraria pública da Cultura. A condecoração foi entregue pelo presidente da República, Michel Temer, pela primeira-dama Marcela Temer, e pelo ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, em cerimônia na última terça-feira, 19, no Palácio do Planalto, em Brasília.
Segundo Dona Onete, foi uma honra e uma surpresa ser indicada. “Sabia apenas que meu produtor tinha enviado informações sobre a minha trajetória e meu trabalho a pedido deles. A cerimônia foi muito bonita. Estava no meio de muitas pessoas que lidam com a cultura e lisonjeada de ser a pessoa a representar o Pará.", declarou.
O Ministério da Cultura (MinC) recebeu indicações para a OMC 2017 entre os dias 29 de setembro e 18 de outubro. No período, qualquer cidadão pôde indicar grupos artísticos, pessoas físicas, iniciativas culturais ou instituições que apresentem relevantes contribuições à cultura brasileira. As sugestões são analisadas por uma Comissão Técnica do MinC e em seguida avalizadas pelo Conselho da Ordem do Mérito Cultural.
Muito aplaudida em Brasília, Dona Onete diz que ainda se surpreende com o quanto sua arte é reconhecida e apreciada. Para ela, a medalha é mais um incentivo para levar a cultura paraense para o mundo. “Quero continuar trabalhando, lutando pelas coisas que ninguém conhece pra mostrar ao mundo. Olha o jambú, que você via jogado no chão do Ver-o-Peso e hoje é igual o açaí, transportado pra tantos lugares, e que hoje viaja comigo na música ‘Jamburana”, brinca.
RECONHECIMENTO
Nascida Ionete da Silva Gama, em Cachoeira do Arari, Dona Onete foi Secretária de Cultura do Município de Igarapé-Miri e se aposentou como professora de história de estudos amazônicos. Iniciou sua trajetória na música depois dos 60 anos, com o incentivo do grupo Coletivo Rádio Cipó, no bairro da Pedreira, em Belém. Àquela altura, ela já tinha várias composições guardadas, que começou a mostrar com o primeiro disco, em 2012, aos 72 anos.
Hoje, aos 78, a senhorinha faceira e cheia de pavulagem está no auge da carreira, colhendo os frutos de “Banzeiro”, seu segundo álbum, repleto de sucessos como “No Meio do Pitiú” e “Proposta Indecente”. Para o final deste ano, já planeja produzir o terceiro álbum e dar inicio a uma nova turnê, começando pela Hungria e outros países europeus. “Não gosto nem que a ficha caia, prefiro ser aqui Dona Onete, a professora, mas também quero mostrar muito da nossa música pra o mundo”, diz ela.
Fonte: Conexão Belém

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