IGARAPÉ MIRI - DESTAQUE NACIONAL

Alunos e professores de escolas públicas estaduais e municipais do Pará participaram da 10ª edição da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), apresentando nove projetos científicos. Este ano, a feira contabilizou 325 projetos, desenvolvidos por 745 estudantes de escolas públicas e privadas, de ensino fundamental (8 e 9 anos), médio e técnico, de todas as regiões do país.

A Febrace aconteceu no período de 13 a 15 de março, em São Paulo, nas dependências da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli/USP). Promovida anualmente pelo Laboratório de Sistemas Integráveis (LSI) da Poli, a Febrace a a maior feira brasileira de Ciências e Engenharia.

Os projetos deste ano foram selecionados entre 1.505 trabalhos, submetidos diretamente pelos autores e por meio das 54 feiras de cincias afiliadas. No evento, os projetos finalistas foram avaliados por uma comissão julgadora. Os autores dos melhores trabalhos ganharam medalhas, bolsas de iniciação cientfica do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico), certificados e estágios, entre outros prêmios.

Tambm foram selecionados nove estudantes para representar o Brasil na Feira Internacional de Ciências e Engenharia da Intel (Intel ISEF), que neste ano acontecer em Pittsburgh, nos Estados Unidos, de 13 a 18 de maio.

Participaram da Febrace alunos e professores dos municpios de Abaetetuba, apresentando três projetos; Igarapé-Miri, com cinco, e Santa Izabel do Pará, com um projeto.

Dentre os alunos que representaram o Pará está Raquel Oliva, aluna do ensino médio da Escola Estadual Manoel Antônio de Castro, localizada em Igarape-Miri (municipio do Baixo Tocantins), uma das autoras do projeto Enchimento alternativo da fibra do resíduo do palmito como forma de sustentabilidade econômica e ambiental em Vila Maiuatá. Raquel disse nunca ter imaginado que, sendo ribeirinha e de família humilde, poderia um dia viajar de avião e conhecer muitas pessoas. Mas quando acreditamos em nossos sonhos podemos chegar muito longe, independente de condições financeiras, ressaltou.

Resultados positivos - A experiência não foi única apenas para os alunos. A professora Vânia Machado, da Escola Estadual Professora Dalila Afonso Cunha, também de Igarapé-Miri, e orientadora de dois projetos apresentados na Febrace, disse que também vivenciou o sonho de conhecer São Paulo e a maior universidade do Brasil. Quando acreditamos no potencial de nossos alunos e na importância de nosso trabalho, os resultados são positivos tanto para o educando quando para o educador, declarou.

Gilberto Silva, coordenador de Incentivo.  Pesquisa da Secretaria Municipal de Educação de Igarapé-Miri, ministrou uma palestra sobre pesquisa na educacão básica com o tema "Relato de Experiências na Organização de Programas e Feiras de Pró-Iniciação Cientifica e Tecnológica no Brasil". Participar desses eventos científicos  um momento impar na vida, sobretudo, dos alunos, uma vez que com essas oportunidades eles desenvolvem suas ideias no campo da pesquisa, ressaltou. Para a coordenadora geral da Febrace, Roseli de Deus Lopes, as feiras estimulam o espírito investigativo e empreendedor nos jovens  algo fundamental para uma economia baseada no conhecimento. A Febrace é uma mostra do potencial dos nossos jovens, de sua capacidade para inovar, encontrar soluções para problemas da sociedade e contribuir para o desenvolvimento do país, afirmou Roseli Lopes, acrescentando que cada vez mais as empresas buscam profissionais especializados, com competências para a investigação sistemática e científica, que resulte em solução de problemas reais.

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