Mulheres fazem testes de HIV com mais frequência


Os dados mensurados pelo sistema de monitoramento da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) já sinalizam a importância da atenção básica na prevenção e acompanhamento de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).
Somente no Estado do Pará, em 2012, das 43.417 pessoas que fizeram o teste para identificar a presença do HIV no sangue, 31.914 eram mulheres e apenas 11.503 eram homens. A diferença, mais que alarmar para a necessidade de maior alcance do teste nos homens, aponta o papel que uma assistência da atenção básica vem desenvolvendo no diagnóstico das DSTs.
Segundo a coordenadora estadual de DST/Aids da Sespa, Deborah Crespo, a prevalência, em vários anos, de mulheres que realizam a testagem para o HIV/Aids e outras DSTs é gerada pela realização do pré-natal.
Segundo a médica, em muitos casos, as mulheres realizam o exame apenas quando iniciam o acompanhamento da gravidez. “O maior número de diagnósticos no Brasil são em mulheres por conta do pré-natal. Em 2013, foram 7.840 testes, sendo que 1.845 foram feitos por homens e 5.995 por mulheres. É uma diferença muito grande!”, evidencia. “Sempre as mulheres saem na frente porque são quem fazem mais o teste, por conta do pré-natal. Se não tiver uma boa atenção básica, não se consegue diagnosticar precocemente”.
Para Deborah, o diagnóstico precoce possibilitado, muitas vezes, pela atenção primária, ainda é uma das formas mais importantes de prevenção, já que, muitas vezes, as pessoas transmitem algumas DSTs para seus parceiros por desconhecerem que possuem as doenças.
Caminhando para os 32 anos da descoberta da Aids e com a disseminação ampliada da necessidade do uso do método mais eficaz de prevenção, a camisinha, a médica acredita que os números continuam altos pelo bloqueio que as pessoas ainda têm de fazer o teste. “O problema está na ausência do diagnóstico porque, muitas vezes, as pessoas não sabem que estão transmitindo para os seus parceiros. Por isso é importante fazer sempre o teste. As
classes C e D fazem mais o testes do que as demais”, aponta. “Basta ter relação sexual para correr risco”.
Em parte, a ideia aceita por muitos de que não são portadores do vírus também é facilitada pela ausência de sintomas no período em que o HIV ainda não evoluiu para a doença Aids. “Nos últimos cinco anos vêm diminuindo os casos de Aids, mas é preciso acompanhar onde estão os portadores do HIV para identificar o momento certo de iniciar o tratamento”, afirma. “O número de portadores do HIV é muito maior que os casos de Aids. Daí a importância de se fazer o diagnóstico precoce ainda na atenção básica porque a pessoa pode passar mais de uma década ainda assintomático e, com isso, achando que não tem o vírus, pode transmitir para o seu parceiro”.
Sífilis
Para além do HIV/Aids, doença que mais assusta pela própria ausência de uma cura definitiva, a sífilis também gera grande preocupação. Apesar da possibilidade de cura e do baixo preço do tratamento, segundo Deborah Crespo, a sífilis é uma das DSTs com maior incidência no Pará. “2% das crianças que nascem na Fundação Santa Casa de Misericórdia nascem de mães expostas a sífilis. A sífilis tem uma prevalência bem maior que o HIV/Aids, é de mais fácil transmissão, mas é curável, é tratável”, afirma, ao evidenciar o baixo custo do tratamento.

“A sífilis é muito frequente no Estado e custa menos de R$30 para fazer o tratamento no casal. Ela requer um tratamento muito simples, mas ainda tem pessoas que têm um tabu com relação à penicilina. Falta sensibilização tanto dos médicos quanto dos pacientes”.

No que se refere também à sífilis - que acometeu 768 pessoas em 2012 e que já atingem outras 384 somente neste ano -, a coordenadora também evidencia a importância de diagnóstico ainda na atenção básica. “O Pará não é o Estado que apresenta o maior número de casos, mas se analisarmos sua série histórica, não estamos conseguindo reduzir o número porque depende da atenção primária. Se não se tiver uma atenção básica, não se consegue diagnosticar precocemente. A sífilis não precisa de um infectologista para tratar”, afirma.

“Detectando a mulher, é preciso diagnosticar logo o parceiro, mas muitas vezes o parceiro não quer se tratar. É preciso vencermos essa barreira cultural, para que se faça o uso do preservativo”.

Conscientização

Para o presidente do Grupo para Valorização, Integração e Dignificação do Doente de Aids (Paravidda), Jair Santos, mais do que falta de informação, um aspecto fundamental que contribui para os altos índices de infecções por DSTs é a falta de conscientização.

“Se fôssemos enumerar, são milhares de fatores. A informação existe, não 100% porque sabemos que ainda temos que avançar, mas não posso dizer que um indivíduo que nunca ouviu falar em camisinha”, acredita.

Assim como Deborah Crespo, Jair também compartilha da ideia de que ainda existem pessoas que veem, erroneamente, as DSTs como algo distante. “As pessoas continuam achando que não acontece com elas, que só acontece com um vizinho ou alguém próximo”, aponta. “Ainda tem gente que, infelizmente, ainda relaciona o HIV/Aids com os homossexuais, prostitutas e usuários de drogas e isso não existe. Todo mundo é vulnerável”.

Para Jair, a solução mais viável está no maior investimento, por parte do poder público, em parcerias com as ONGs que, tradicionalmente, fazem o trabalho de conscientização corpo a corpo.

“É preciso que haja mais disponibilização de recursos para campanhas de conscientização. Fazer o teste e não prevenir não adianta. O teste não dá imunidade para ninguém”, aponta, ao também reiterar a importância do diagnóstico precoce. “O teste dá sorologia negativa e a pessoa acha que vai poder continuar fazendo sexo sem camisinha, mas o teste não dá imunidade para ninguém. A pessoa tem que ter consciência crítica de si e do outro”.

1 Comentários

  1. Sou Hernandez Nevers. Eu tenho sido vítima de (vírus herpes simplex) da doença durante os últimos quatro anos e tinha dores constantes, especialmente nos joelhos. Durante o primeiro ano, eu tinha fé em Deus que eu seria curada someday.This doença começou a circular por todo o meu corpo e eu tenho vindo a fazer o tratamento do meu médico, há algumas semanas, eu vim em busca na internet se eu poderia ficar informações relativas à prevenção desta doença, na minha pesquisa eu vi um testemunho de alguém que tenha sido curado de (hepatite B eo cancro) por este homem Dr PAP e ela também deu o endereço de e-mail deste homem e aconselhar devemos contatá-lo para qualquer doença que ele iria ser de grande ajuda, então eu escrevi ao dr PAPA dizendo-lhe sobre a minha (vírus do herpes), ele
    me disse para não se preocupar que eu estava indo para ser curado !! hmm eu nunca acredita-,, bem depois de todos os procedimentos e remédio dadas a mim por este homem algumas semanas mais tarde eu comecei experimentando mudanças em cima de mim como o Dr me thati ter curado assegurado, depois de algum tempo eu fui ao meu médico para confirmar se i ter finalmente ser curado eis que era verdade, então amigos o meu conselho é, se você tem essa doença ou qualquer outro em tudo que você pode enviar e-mail Dr PAPA via papa_wordtemple@yahoo.com ou WhatsApp ele em +2347053699933

    ResponderExcluir
Postagem Anterior Próxima Postagem