Governo pode provocar crise na Segurança Pública

 
O dia de hoje (2) deve ser decisivo para a relação entre a Polícia Militar do Pará e seu chefe maior, o governador Simão Jatene (PSDB). De um lado, com os cerca de 800 oficiais - tenentes, capitães, majores e coronéis - em atuação no Estado estará garantida a boa convivência pela quase certa aprovação junto à Assembleia Legislativa do Projeto de Lei que garante aumento reescalonado em torno de 85% para os próximos quatro anos. Já com os praças - soldados, cabos, sargentos e subtenentes da Polícia Militar e Bombeiros -, em número superior a 18 mil servidores, que não devem conseguir o reajuste nos mesmos termos, tudo indica que deve ter crise.
Aprovado o PL que estabelece dois pesos e duas medidas na política salarial, deve chegar a 100% o descrédito do administrador tucano junto à categoria-base da corporação - isso dito pelos próprios policiais. As associações não escondem para ninguém que a situação é de bomba-relógio com o cronômetro ligado em contagem regressiva.
O projeto não chegou ao plenário ontem, mas mesmo assim, a Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e dos Bombeiros Militares do Pará (ACSPMBM - PA) se fez presente às galerias da casa, e todo o imbróglio envolvendo o caso apareceu várias vezes nos discursos dos deputados da base oposicionista. Um soldado (BM) chegou a receber voz de prisão de um oficial que atua na sede do Poder Legislativo ao tentar acompanhar a sessão estando armado, o que é proibido. Houve um princípio de confusão e até um advogado foi chamado para lidar com a situação, mas 20 minutos depois, na base da conversa, o soldado aceitou deixar a arma com a segurança do parlamento e seguiu para acompanhar a sessão.

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