Dirigentes remistas almoçam hoje com cúpula da CBF

Pauta da conversa entre remistas e Del Nero não foi divulgada (Foto: Divulgação)
Os dirigentes do Clube do Remo terão hoje um importante, mas ao mesmo tempo, misterioso encontro com a alta cúpula da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) na hora do almoço. O presidente Zeca Pirão e seu atual vice-presidente, Maurício Bororó, serão recepcionados pelo presidente em exercício da CBF, Marco Polo Del Nero e o diretor de competições da entidade, Virgílio Elísio (o presidente José Maria Marin está viajando). O objetivo da conversa segue em mistério. Zeca Pirão e Maurício Bororó, no entanto, não abrem mão de discutir a questão da inclusão do Remo no Campeonato Brasileiro da Série D, que se tornou um grande imbróglio na última sexta-feira (12), com o Leão sofrendo punições no Superior Tribunal de Justiça (STJD) e tendo a sua liminar da justiça comum cassada.
“A minha prioridade vai ser a inclusão do Remo na Série D. Não abro mão disso”, garante Pirão, que acompanhado do seu vice, deixaram Belém ontem, por volta das 19 horas. Na última sexta-feira, Paulo Roberto, advogado da CBF que estava na capital paraense desde o início da semana, voltou para o Rio de Janeiro, repassando toda a situação do clube. O almoço foi intermediado por Antônio Carlos Nunes, presidente da Federação Paraense de Futebol (FPF), que recebeu o telefonema do próprio presidente da CBF, José Maria Marin, marcando o encontro.
Mas, toda a articulação já havia ocorrido na véspera, na quinta-feira (11). Os diretores azulinos já haviam se encontrado com o próprio Antônio Carlos Nunes, inclusive o advogado da CBF, Paulo Roberto. A informação foi revelada ao Bola pelo próprio Nunes.
“Como eu estou me recuperando de uma cirurgia, recebi o Zeca Pirão, o Maurício Bororó, acompanhando do meu assessor jurídico, Antônio Cristino, e o advogado da CBF. Na ocasião, os diretores do Remo mostraram que o clube não tem nada a ver com essa ação do torcedor na justiça comum”, narrou Nunes.
Apesar de toda a articulação para chegar até aos homens da CBF, ainda é impossível saber o que irá acontecer. Alguns apostam em acordos para a retirada da ação do torcedor Wendell Figueiredo. Outros, mais pessimistas, acreditam que seria apenas a comunicação formal de que o Remo será punido mais severamente, caso o processo de Wendell Figueiredo na justiça comum prossiga.
Enquanto isso, a turma quer grana!
Se a semana será positiva para o Clube do Remo nos bastidores do futebol, só a partir da tarde de hoje é que poderá se ter uma ideia. Entretanto, no departamento de futebol e entre os serviços gerais do clube, podem surgir boas notícias: o pagamento do mês de junho - que está em atraso - para os jogadores e os três meses dos funcionários do Baenão e sede social, que ganham em média um salário mínimo. Desde o início da semana passada, o presidente azulino Zeca Pirão busca formas de arrecadar fundos para conseguir pagar os jogadores, mas, segundo o cartola, a paralisação dos bancos foi o fator que atrapalhou para que o pagamento fosse efetuado. Pirão teria feito um empréstimo. Os atletas já pressionavam os dirigentes.
“Os jogadores estiveram comigo em reunião e deixei bem claro que ainda não tínhamos a resposta do banco por causa da greve (paralisação), mas essa semana, até quarta-feira (17), se Deus quiser, estaremos fazendo o pagamento do salário dos jogadores. E para os funcionários, iremos priorizar quem ganha um salário mínimo para quitarmos todos os três meses de atraso”, anuncia Zeca Pirão.
Porém, com o todo o ‘quiproquó’ envolvendo a inclusão do Remo no Brasileiro da Série D, ainda não se tem definido se alguns jogadores serão liberados ou renovarão contrato. Zeca Pirão já adiantou que tudo dependerá do rumo que a briga judicial da série D tomará. “Se acontecer algo favorável à gente na série D, iremos ficar com esses jogadores para logo estrearmos no campeonato. Afinal de contas, eles continuam treinando normalmente no Baenão e já são entrosados. É melhor usar eles, do que não usar ninguém ou mesmo contratar agora, que não temos como bancar uma negociação”, explica o presidente azulino.

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