Embora seja quase impossível evitar as tecnologias, as pessoas devem
fazer um esforço para olhar para seus telefones com a coluna ereta
Num estudo a ser divulgado no próximo mês na revista Surgical Technology Internacional, o doutor em medicina Kenneth Hansraj, chefe em operação na coluna em um hospital de Nova York, descobriu que o hábito muito comum hoje em dia de ler e escrever nos celular está prejudicando a saúde das pessoas. “É uma epidemia. Olhe ao seu redor. Todos estão com as cabeças abaixadas, olhando para o celular”, ele diz. “O problema é profundo para o jovens. Com esse estresse sobre o pescoço, logo veremos esses garotos precisando de cuidados médicos com suas colunas. Os pais deveriam se preocupar mais com isso”.
Para se ter uma ideia, o especialista compara que uma inclinação no pescoço em 60º, que faz o peso sobre o pescoço aumentar em quase 30 quilos (veja na ilustração), é como carregar um criança de oito anos sobre os ombros durante algumas horas diariamente. Usuários de smartphones tentem a passar entre duas e quatro horas, com a cabeça baixa, olhando para os celulares. São cerca de 700 a 1.400 horas por ano que os jovens tencionam demais a coluna cervical, segundo a pesquisa de Hansraj.
“Enquanto você alonga o tecido (do pescoço) por um longo período, ele se danifica, fica inflamado”, acrescenta Tom DiAngelis, presidente da Associação Americana de Fisioterapia, o que pode causar hérnias de discos e outros problemas.
“Embora seja quase impossível evitar as tecnologias, as pessoas devem fazer um esforço para olhar para seus telefones com a coluna ereta (sem tencionar o pescoço) e evitar passar horas a cada dia debruçados sobre os aparelhos”, de acordo com a pesquisa aconselham os médicos.