Estudo aponta a cebola como aliada no combate ao câncer

 Vegetal da família do alho ajuda na prevenção de tumores na laringe e nos ovários
 

A cebola é um alimento que faz parte do cotidiano dos brasileiros. Na salada, no arroz e em molhos, esse vegetal é muito utilizado para dar sabor ou textura nas preparações. Além disso, ele é muito benéfico para a saúde.
A cebola (Allium cepa) é da mesma família do alho (Allium sativum). Uma pesquisa feita na Itália comprovou os efeitos positivos desses dois alimentos na saúde, inclusive no combate e na prevenção do câncer. O estudo foi guiado por Carlotta Galeone, do Istituto Richerche Farmcologiche Mario Negri, em Milão.
Efeitos da cebola na saúde
O estudo avaliou dois grupos. O primeiro de portadores de câncer que ingeriam entre 0 e 14 porções desse alimento por semana. O segundo era de pessoas saudáveis, que consumiam até 22 porções do vegetal ao longo de sete dias.
A pesquisa avaliou os efeitos da cebola e do alho em várias partes do corpo. A ideia era entender os efeitos do câncer em locais como a boca, a laringe, o esôfago, o cólon, as mamas, os ovários e rins.
Com a pesquisa, foi possível notar que a ingestão moderada de cebola reduz os riscos de câncer colorretal, de laringe e de ovários. O efeito de proteção é ainda mais eficiente em quem consome mais do vegetal.
A pesquisa ainda diz que as pessoas que tinham um alto consumo desse alimento também diminuíram as chances de tumores no esôfago e na boca.
Quanto ao alho, os resultados foram similares. Observou-se que a ingestão moderada previne contra câncer colorretal e nos rins. E quanto maior o consumo, menores os riscos de contrair as doenças.
O resultado da pesquisa apontou que ter cebola e alho na dieta é efetivo na prevenção contra todos os tipos de câncer pesquisados, menos o de mama e de próstata. O documento diz que esses dois estão mais associados a problemas hormonais e reprodutivos.
Cebola na dieta
Se você ainda não incluiu esse vegetal na preparação diária dos alimentos, o potencial de prevenir câncer é um ótimo motivo para mudar esse hábito. Segundo o nutricionista Luis Felipe Chaves Prates, ele também ajuda a prevenir problemas renais, doenças cardiovasculares, respiratórias e do sistema nervoso.
Luis Felipe recomenda incluir esse ingrediente em duas refeições, preferencialmente no almoço e jantar. Ele menciona que o vegetal pode ser servido em saladas ou como tempero dos alimentos. Também pode ser usado no arroz, no feijão, em molhos de tomate ou brancos, para temperar a carne e muito mais.
Mas atenção: se consumido cru, ele pode causar halitose, o popular mau hálito. O vegetal ainda pode dar um certo desconforto no aparelho digestório e causar flatulência quando é consumido em grandes quantidades ou por quem tem sensibilidade.
Os lados negativos desse alimento são facilmente contornáveis. Preparado do jeito certo e consumido na quantidade ideal, ele é ótimo para a saúde.
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