Organização também publicou dicas para quem estará no Rio de Janeiro.
Recomendações incluem sexo seguro e distância de áreas pobres
OMS recomenda que grávidas evitem situações com risco de contamicação pelo vírus da zika (Foto: Reuters)
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou nesta quinta-feira (12)
que as mulheres grávidas não venham para os Jogos Olímpicos e
Paralímpicos no Rio de Janeiro, uma vez que o Brasil é o país mais afetado pelo vírus da zika.
Em um comunicado, emitido em conjunto com a Organização Pan-Americana
da Saúde (OPAS), a OMS elaborou uma lista de dicas para os atletas e
visitantes que vão viajar para o Rio de Janeiro para os jogos,
programados de 5 de agosto a 18 de setembro.
O Brasil é um dos 58 países e territórios afetados pelo vírus da zika,
transmitido pelo mosquito Aedes Aegypti e que pode causar microcefalia
em fetos, uma malformação grave e irreversível caracterizada por um
tamanho anormalmente pequeno do crânio.
A OMS e a OPAS enfatizam que os jogos serão realizados no inverno no
Brasil, estação em que a atividade do mosquito é menor e onde o risco de
picada é reduzido. Mas ambas as organizações "continuam a aconselhar as
mulheres grávidas a não viajar para as regiões de transmissão do vírus
da zika, incluindo Rio de Janeiro".
"Também é aconselhável aos parceiros sexuais das mulheres grávidas que
passaram por áreas afetadas de manter sexo seguro ou abster-se de sexo
durante a gravidez", indica o comunicado.
De fato, vários casos de transmissão sexual do vírus da zika foram
registados após um dos parceiros ter visitado uma localidade em risco.
OMS e OPAS também recomendam aos atletas e visitantes que apliquem
várias vezes ao dia repelentes e que vistam roupas cobrindo o máximo do
corpo.
Também aconselham a usar preservativos ou se abster de sexo por pelo menos quatro semanas após visitar uma zona de risco.
Finalmente, ambas as organizações recomendam a não ir a áreas pobres e
populosas, onde a falta de água corrente e higiene favorecem o
desenvolvimento de mosquitos.
O Brasil é o país mais afetado pelo vírus, com cerca de um milhão e meio de pessoas contaminadas desde 2015.