O verão é ideal para o lazer ao ar livre e
com as altas temperaturas da estação, as pessoas suam mais, os fungos e
bactéricas tendem à aparecer com mais frequência causando doenças
típicas de verão ou de praia, já que a água do mar e piscina nem sempre
esta nas condições ideais para o banho, o que aumenta o risco de
desenvolver as infecções da pele.
A recomendação é que as pessoas redobrem os
cuidados com a higiene e evitem o contato com áreas infestadas e águas
poluídas para evitar qualquer tipo de contaminação, porém, o maior
inimigo da saúde no verão ainda é a exposição ao sol em horários
impróprios e sem o uso adequado de proteção.
Confira algumas doenças comuns nessa época do ano, destacando as causas, os sintomas e como elas devem ser tratadas:
HERPES LABIAL
Infecção causada pelo Herpes simplex virus e
o contato com o vírus ocorre geralmente na infância, mas muitas vezes a
doença não se manifesta nesta época. O vírus atravessa a pele e,
percorrendo um nervo, se instala no organismo de forma latente, até que
venha a ser reativado. A reativação do vírus pode ocorrer devido a
diversos fatores desencadeantes como: exposição à luz solar intensa,
fadiga física e mental, estresse emocional, febre ou outras infecções
que diminuam a resistência orgânica.
Sintomas: Algumas pessoas
tem maior possibilidade de apresentar os sintomas do herpes, que são dor
de garganta e febre que dura até cinco dias podem ocorrer antes do
aparecimento das bolhas. Também podem aparecer gânglios no pescoço.O
primeiro episódio pode durar de 2 a 3 semanas. As lesões podem aparecer
na gengiva, na boca e na garganta ou no rosto. A pessoa poderá sentir
dor para engolir. Os episódios posteriores costumam ser mais brandos.
Podem ser desencadeados por menstruação, exposição ao sol, febre,
estresse ou várias outras causas desconhecidas. Sintomas alarmantes de
coceira, queimação, maior sensibilidade ou formigamento podem ocorrer
cerca de dois dias antes do aparecimento das lesões.
Tratamento: Medicamentos
antivirais tomados por via oral podem ajudar os sintomas a desaparecerem
mais rapidamente e aliviar a dor. As feridas de herpes costumam
reaparecer. Os medicamentos antivirais funcionam melhor se forem tomados
quando o vírus estiver começando a voltar – antes do aparecimento das
feridas.
Pomadas antivirais tópicas (esfregadas na
pele) podem ser usadas, mas devem ser aplicadas a cada 2 horas enquanto
você estiver acordado. Elas são caras e reduzem o tempo da erupção entre
algumas horas a até um dia.
Lave as bolhas com cuidado com sabão e água
para evitar que outras áreas da pele sejam contaminadas pelo vírus. Um
sabonete antisséptico pode ser recomendado. Aplicar gelo ou calor na
área pode reduzir a dor.
Prevenção:
· Evite contato direto com feridas de herpes.
· Evite contato direto com feridas de herpes.
· Minimize o risco de disseminação indireta
lavando bem itens, como toalhas em água quente (preferencialmente,
fervente) antes de reutilizá-los.
· Não compartilhe itens com uma pessoa infectada, principalmente quando ela tiver lesões de herpes.
· Evite desencadeadores (principalmente exposição ao sol) se tiver tendência ao herpes oral.
· Evite fazer sexo oral quando estiver com
lesões de herpes na boca ou perto da boca e evite receber sexo oral de
alguém que tenha lesões de herpes genital ou oral. Os preservativos
podem ajudar a reduzir, mas não eliminar totalmente, o risco de pegar
herpes no sexo genital ou oral com uma pessoa infectada.
· Os vírus do herpes oral ou genital podem às vezes ser transmitidos mesmo quando a pessoa não apresenta lesões ativas.
MILIÁRIA ("BROTOEJAS")
Se apresenta como uma erupção cutânea
relacionada com as glândulas sudoríparas (que produzem o suor). Afeta
principalmente as crianças, mas também pode atingir os adultos.
Sintomas: O quadro está
relacionado com o aumento do calor e da produção do suor que,
extravasando dentro da pele, antes de atingir a superfície, provoca um
processo inflamatório.
Tratamento: A localização
mais comum é o tronco e a região cervical. As lesões geralmente são
acompanhadas por coceira. Formam-se “bolinhas avermelhadas” ou vesículas
(pequeninas bolhas) sobre pele avermelhada, podendo, em alguns casos,
formar lesões mais exuberantes. Devido à coceira, a pele pode apresentar
sinais de escoriação e pequeninas crostas sobre as lesões, devido à
ruptura das bolhas pela coçadura. É comum a ocorrência de infecção
secundária à doença, com o surgimento de pústulas (bolhas de pus) ou
nódulos dolorosos.
Prevenção: Para evitar a
miliária deve-se usar roupas frescas, tomar banhos frios e se proteger
do calor, evitando o excesso de suor. O ar condicionado é um grande
aliado no combate à doença. Deve-se evitar o excesso de roupas nas
crianças pequenas, principalmente nos recém-nascidos, hábito comum entre
mães com preocupação
BICHO GEOGRÁFICO
A larva migrans, conhecida vulgarmente como
bicho geográfico, é uma doença causada por parasitas intestinais do cão e
do gato. Ao defecar na terra ou areia, os ovos eliminados nas fezes
transformam-se em larvas. Estas, penetram na pele do homem causando a
doença.
Sintomas: Por estar em pele
humana, a larva não consegue se aprofundar para atingir o intestino (o
que ocorreria no cão e no gato), e caminha sob a pele formando um túnel
tortuoso e avermelhado. Mais comum em crianças, as lesões são
geralmente acompanhadas de muita coceira. Os locais mais comumente
atingidos são os pés e as nádegas. Pode ocorrer como lesão única ou
múltiplas lesões. Devido ao ato de coçar é frequente a infecção
secundária das lesões.
Tratamento: Dependendo da
extensão da doença, o tratamento pode ser feito por via oral para os
casos mais extensos ou com o uso de medicação tópica nos casos mais
brandos.
Prevenção: Para prevenir a
infecção pela larva migrans deve-se evitar andar descalço em locais
frequentados por cães e gatos e cobrir as caixas de areia durante a
noite para evitar sua utilização por gatos para defecar. Recolha as
fezes de seu cachorro e estimule os outros donos de animais a fazerem o
mesmo. Não leve animais para a praia.
MELANOSE SOLAR
São manchas provocadas pelo dano causado
pelo sol na pele ao longo dos anos e como o resultado da ação do sol só
vai aparecer com o passar do tempo, as melanoses solares são mais comuns
em pessoas de idade. Daí o nome “mancha senil”.
Sintomas: O dano solar
acumulado ao longo dos anos induz ao aumento do número de melanócitos
(célula que produz o pigmento que dá cor à pele) e da sua atividade,
produzindo mais melanina e escurecendo a pele.
Tratamento: O tratamento
pode ser feito de várias maneiras, como a cauterização química, a
criocirurgia, a dermoabrasão, os peelings químicos e o uso da luz
intensa pulsada. Os resultados costumam ser bons, desde que a técnica
seja empregada de forma adequada. O exagero na aplicação pode deixar
manchas claras ou até mesmo cicatrizes residuais.
Prevenção: Uso de proteção
solar nas áreas continuamente expostas ao sol, onde as manchas se
manifestam. Não é apenas o sol da praia ou piscina, mas também o sol do
dia a dia, que paulatinamente vai danificando as células que, no futuro,
vão sofrer alterações e dar origem às manchas.