O ministro Helder Barbalho assumirá na
segunda-feira, às 15h, o Ministério dos Portos. O anúncio foi feito na
última sexta-feira, dentro da reforma ministerial que vinha sendo
desenhada pela presidente Dilma Rousseff.
Helder deixa o Ministério da Pesca após nove
meses de atuação e terá, agora, o desafio de comandar uma das áreas
mais estratégicas para o País. Entre as missões está a implantação da
política de concessões, atraindo investimentos privados para o setor
essencial às exportações. “Estou motivado, estimulado e com a sensação
do dever cumprido na atividade da pesca e aquicultura. A agenda será
mantida nessa nova configuração. Tenho certeza de que não haverá
interrupções na política para o setor (da pesca)”, disse Helder na
sexta-feira, após o anúncio feito pela presidente.
As concessões de portos, aeroportos e
ferrovias devem gerar investimentos de R$ 198 bilhões. Desse total, R$
37,4 bilhões virão dos portos. “Vamos estimular a iniciativa privada a
investir para atender à demanda que existe no Brasil em face do nosso
crescimento econômico”, disse. O novo ministro dos Portos admitiu que o
momento é delicado em razão da crise econômica e da carência de recursos
públicos para investimentos, mas garantiu que todas as dificuldades
serão vencidas. “O momento exige foco e planejamento. O desafio é fazer o
máximo com o mínimo possível”.
Após o anúncio, Helder agradeceu à confiança
depositada nele pela presidente e afirmou que, embora tenha uma agenda
nacional, olhará com a atenção especial para as demandas do Pará. “O
Pará é protagonista nessa agenda portuária e de logística. A região
Norte é um caminho alternativo às rotas já consolidadas e àquelas que
ainda estão sendo implantadas. Vamos voltar a debater temas como os
portos de Espadarte e Pernambuco.”
INVESTIMENTOS
Em pauta há quase 20 anos, o porto de
Espadarte deve ser implantado no município de Curuçá, a 130 km de Belém,
e poderá se tornar um dos cinco maiores portos off-shore do mundo. Na
Vila de Pernambuco, município de Inhangapi, a Plataforma Logística do
Guamá vai exigir investimentos em torno de R$ 70 milhões. “Vamos
discutir com a sociedade e com os atores locais os critérios para que
possamos ajudar o Estado, independentemente de divergências políticas”,
afirmou Helder, garantindo que procurará as autoridades paraenses para
discutir os temas. “Vou olhar para o Brasil, mas com o compromisso
sempre renovado com o Pará”, destacou o ministro.
(Diário do Pará)