Torcedores "comuns" fazem a festa na arquibancada

A força das arquibancadas já proporcionou diversos episódios que ficaram gravados na memória do futebol paraense. Alguns, nem dignos de lembranças, outros, ao contrário, mereceram registros eternizados. E mesmo que alguns setores insistam em estragar a festa da maioria, ainda há aqueles que pregam a beleza do espetáculo como maior fonte de incentivo ao clube do coração.
Muitos desses aficionados por futebol se reúnem em grupos que têm em comum, além da paixão pelo Clube do Remo, o repúdio a qualquer tipo de forma violenta de torcer. “Certa vez, o Remo disputava a Série B, eu tocava bateria em uma torcida organizada. Na saída do Mangueirão, o ônibus em que eu estava parou e alguns torcedores desceram para brigar com outra torcida do próprio Remo. Foi uma cena lamentável e por eu ter recusado brigar, houve até retaliação. Desde então, eu me afastei da torcida e venho com esse grupo de amigos”, relembra o contador Natanael Gonçalves.
A paixão em azul-marinho o trouxe para junto de velhos e novos amigos, e um deles, é o próprio primo, Edmar Gonçalves, que enxerga os encontros em torcida uma verdadeira celebração entre amigos, sem espaço para qualquer tipo de violência ou ato que prejudique o clube do coração. “Essa vida de torcedor é engraçada, nós conhecemos muitas pessoas, reunimos amigos afastados. É um momento de lazer, apesar de todos os problemas. Embora tenha o lado negro, a maioria quer vibrar, apoiar o time. E até no modo de criticar, a medida deve ser outra, existem muitas maneiras, têm as redes sociais, nada justifica a manifestação com emprego de violência”, critica o advogado de 26 anos.

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